A Freguesia de Rubiães, é uma das aldeias mais características do concelho, situa-se a oeste da vila de Paredes de Coura, ocupando uma área de cerca de 8.95km² . Dista, aproximadamente, 8 quilómetros da sede do concelho, e é constituída pelos lugares do Ageito, Antas, Casais, Casco, Costa, Crasto, Chão, Monte Gandra, Pedrosa, Rodízio, S. Roque e Silverto. Os seus limites estão estabelecidos com as Freguesias de Cossourado e Linhares, a norte. Com as Freguesias de Infesta e Cunha, a nascente. Com as Freguesias de Coura e Águalonga, a Sul, e a Poente, com as Freguesias de Mentrestido e Sapardos (estas duas pertencentes ao concelho de Vila Nova de Cerveira).
Rubiães para além das belezas ribeirinhas do rio Coura, possui encantadoras vistas panorâmicas, observadas dos montes da Mourela e tem um património edificado de grande valor cultural. São notáveis as marcas deixadas pela cultura romana. A Ponte Romana e a Igreja Românica de Rubiães são disso realidade indesmentível.
Outras das marcas a ligar, desde sempre, Rubiães ao passado longínquo, são os Caminhos de Santiago, que recebem muitas centenas de peregrinos todo os anos nas suas caminhadas em direcção a Santiago de Compostela, na Galiza. Acerca da história desta freguesia podemos consultar o livro " Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo", onde diz textualmente: « A mais antiga referência conhecida à igreja de Rubiães é a da sua construção ou reconstrução em 1257. Em 1258, é citada na lista das igrejas pertencentes ao bispado de Tui, que se situavam no território de Entre Lima e Minho. Neste documento, cujo original se encontra na Torre do Tombo, denomina-se "Sanctus Petrus de Rubiães". Em 1320, no catálogo daquelas igrejas, mandado elaborar, para pagamento de taxa, pelo rei D. Dinis, foi taxada em 100 libras. Fazia parte do arcediagado de Cerveira, com o nome de "'Sancti Petri de Ruvhãaes". Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou avaliar os 140 benefícios da comarca eclesiástica de Valença. A igreja de "Ruyvãees" tinha nessa época de rendimento 200 réis. Em 1546, no Memorial feito pelo vigário Rui Fagundes no tempo de D. Manuel de Sousa, estava integrada na Terra de Coura, rendendo 32 mil réis. O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, utilizada pelo P. Avelino Jesus da Costa no seu trabalho "A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho", refere que São Pedro de Ruivães, assim denominada na época , era da apresentação de leigos, designadamente do visconde de Vila Nova de Cerveira, por doação que lhe fora feita e confirmada. Segundo Américo Costa, a igreja de São Pedro de Rubiães era abadia colada da apresentação dos viscondes de Vila Nova de Cerveira, depois marqueses de Ponte de Lima. Em termos administrativos, fazia parte, em 1839, da comarca de Monção e, em 1852, da de Valença. Em 1878, finalmente passou a pertencer à comarca de Paredes de Coura ».
Sectores laborais: Agricultura, pecuária e pequeno comércio.
Tradições festivas: S. Bartolomeu (24 de Agosto), S. Pedro e Santo António (Junho), Senhora da Expectação (Julho) e S. Roque (15 de Agosto).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja românica, ponte romana, marcos miliários e capelas de S. Roque, S. Bartolomeu, Fradinhos e ou Senhora da Expectação, Rio Coura e monte Mourela.
Aspectos Gastronómicos: Enchidos de porco e arroz de cabidela.
Colectividades: Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Rubiães (com Rancho Folclórico).